
A obra Auto da Barca do Inferno foi escrita por Gil Vicente em 1517, sendo considerada um auto de moralidade. As moralidades eram peças cujas personagens eram simbólicas e encarnavam vícios ou virtudes com o objectivo de moralizar a sociedade.
Gil Vicente viveu numa época dominada pelos Descobrimentos e as suas consequências a nível social. A agricultura estava sem braços, além de esmagada pelos impostos senhoriais. Nos grandes burgos, como Lisboa, ninguém queria trabalhar. Existiam uma massa de gente corrompida pelo luxo. A imoralidade invadia todos os estratos sociais.Gil Vicente observou, compreendeu e analisou toda essa sociedade comprometida pelo luxo, pela riqueza e pela ociosidade e não poupou ninguém às suas críticas. Com toda a naturalidade, espontaneidade e comicidade, Gil Vicente foca os mais diversos assuntos, divertindo ao mesmo tempo que tece uma forte crítica aos vícios de todas as classes sociais do seu tempo. Lendo-se as peças vicentinas, é o povo português de há quatrocentos anos que roda ante os nossos olhos. Clérigos nada exemplares, frades folgazões, fidalgos tiranos, magistrados ignorantes e corrompidos, esposas infiéis, parvos, alcoviteiras… todos se encontram tão bem definidos que ainda hoje nos parecem se nossos conhecidos. É enorme a galeria das personagens vicentinas.
As personagens desta peça são: o Diabo e o seu Companheiro, o Anjo, o Fidalgo e o seu Pajem, o Onzeneiro, o Parvo, o Sapateiro, o Frade acompanhado da Moça, a Alcoviteira, o Judeu, o Corregedor, o Procurador, o Enforcado e os Quatro Cavaleiros.O Pajem e a Moça são apenas figurantes que ajudam a caracterizar as personagens que acompanham. O Diabo e o Anjo são personagens simbólicas e representam o Mal e o Bem, respectivamente. Todas as outras personagens são personagens-tipo.
A personagem-tipo é uma personagem plana cujo comportamento está em coerência com as qualidades e os defeitos da classe, da profissão ou do grupo social a que pertence. Apresenta-se em palco acompanhada de símbolos cénicos que a identificam. A personagem-tipo tem um nome próprio que não a individualiza, apenas a nomeia. A linguagem utilizada por estas personagens é também um sinal distintivo da sua condição social.
Gil Vicente viveu numa época dominada pelos Descobrimentos e as suas consequências a nível social. A agricultura estava sem braços, além de esmagada pelos impostos senhoriais. Nos grandes burgos, como Lisboa, ninguém queria trabalhar. Existiam uma massa de gente corrompida pelo luxo. A imoralidade invadia todos os estratos sociais.Gil Vicente observou, compreendeu e analisou toda essa sociedade comprometida pelo luxo, pela riqueza e pela ociosidade e não poupou ninguém às suas críticas. Com toda a naturalidade, espontaneidade e comicidade, Gil Vicente foca os mais diversos assuntos, divertindo ao mesmo tempo que tece uma forte crítica aos vícios de todas as classes sociais do seu tempo. Lendo-se as peças vicentinas, é o povo português de há quatrocentos anos que roda ante os nossos olhos. Clérigos nada exemplares, frades folgazões, fidalgos tiranos, magistrados ignorantes e corrompidos, esposas infiéis, parvos, alcoviteiras… todos se encontram tão bem definidos que ainda hoje nos parecem se nossos conhecidos. É enorme a galeria das personagens vicentinas.
As personagens desta peça são: o Diabo e o seu Companheiro, o Anjo, o Fidalgo e o seu Pajem, o Onzeneiro, o Parvo, o Sapateiro, o Frade acompanhado da Moça, a Alcoviteira, o Judeu, o Corregedor, o Procurador, o Enforcado e os Quatro Cavaleiros.O Pajem e a Moça são apenas figurantes que ajudam a caracterizar as personagens que acompanham. O Diabo e o Anjo são personagens simbólicas e representam o Mal e o Bem, respectivamente. Todas as outras personagens são personagens-tipo.
A personagem-tipo é uma personagem plana cujo comportamento está em coerência com as qualidades e os defeitos da classe, da profissão ou do grupo social a que pertence. Apresenta-se em palco acompanhada de símbolos cénicos que a identificam. A personagem-tipo tem um nome próprio que não a individualiza, apenas a nomeia. A linguagem utilizada por estas personagens é também um sinal distintivo da sua condição social.
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